domingo, 19 de dezembro de 2010

Brasil, o país do futebol? Só se for pelo 'joystick'

Mais jovens estão trocando a prática de esportes pelos jogos de videogame, diz pesquisa. E o Brasil tem os piores índices
‘Não gosto de praticar esportes, prefiro jogar no videogame’. A confissão do pequeno Vincenzo Lima, 6 anos, feita entre um lance e outro de uma partida de futebol virtual, reflete realidade diagnosticada pelo Instituto de Pesquisa Sulamericano Kiddos, a pedido do canal de TV por assinatura Nickelodeon, em 7 países da América Latina: crianças e adolescentes estão praticando menos atividades físicas e virando ‘cyberesportistas’. O Brasil é o que tem os piores índices.
O dado preocupa autoridades, pais e educadores. O Rio é a 2ª capital no ranking da obesidade entre estudantes, segundo dados do IBGE de 2009, que apontam 8,9% dos alunos cariocas como obesos, atrás apenas dos de Porto Alegre. “Passei a controlar o tempo do videogame. Antes das férias, só deixava ele jogar sextas, sábados e domingos. Agora, estou mais flexível”, diz a mãe Marianne Lima, 31, que matriculou o filho em várias atividades físicas, sem sucesso.
No próximo ano, Vincenzo estudará num colégio com referência esportiva. “Espero despertar interesse nele, já que nem playground funciona”.
“A regularidade de exercícios físicos é uma necessidade primordial para o desenvolvimento saudável das crianças e uma base para melhorar a aprendizagem nas demais disciplinas”, opina a secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin, lembrando convênios firmados com clubes e vilas olímpicas para oferecer atividades esportivas a alunos de escolas sem quadras.


Fonte: O dia (RJ)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Maioria dos estudantes falta à reaplicação do Enem

Pouco menos da metade dos 9,5 mil estudantes de 17 Estados brasileiros convocados pelo Ministério da Educação (MEC) para a reaplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) compareceram ontem ao local da prova. O clima era de desmotivação nas escolas e, na saída, muitos consideraram o novo exame mais difícil do que o primeiro.
Foram chamados para refazer as provas de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias os alunos prejudicados pela inversão da ordem do cabeçalho do cartão-resposta e pelos erros de impressão e montagem no caderno de cor amarela do exame aplicado em 6 de novembro, primeiro dia do Enem 2010.
Para chegar aos estudantes, o MEC analisou as atas das salas onde a prova foi aplicada. A Justiça chegou a liberar o Enem para todos os candidatos que se sentissem prejudicados, mas o governo conseguiu derrubar a decisão. Segundo o MEC, 35 alunos fizeram a prova graças à liminar.
A abstenção de ontem não surpreendeu o ministro da Educação, Fernando Haddad. "Isso mostra que alunos não se sentiram prejudicados." Ele afirmou que o ministério procurou ser "o mais abrangente possível" ao estabelecer critérios para que alunos pudessem fazer a prova novamente. O ministro descartou a possibilidade de que o baixo comparecimento tenha ocorrido por falta de interesse após as falhas apresentadas neste ano.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação da prova, o exame realizado em 6 de novembro não será utilizado para o cálculo da nota final para os estudantes que refizeram a prova ontem. Caso contrário, continuará valendo a nota da prova de novembro.
O Inep informou que os gabaritos e as provas reaplicadas ontem serão divulgados em seu portal na próxima terça-feira, às 18 horas. E divulgou que os resultados do Enem 2010 estarão disponíveis na primeira quinzena de janeiro. 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Mulheres sauditas lutam por direito de praticar esportes.

Depois que a saudita Dalma Malhas, 18 anos, ganhou uma medalha de bronze nos saltos de obstáculos nos primeiros Jogos Olímpicos da Juventude em Cingapura, em agosto, ela foi usada como exemplo por Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), em uma coletiva de imprensa na conclusão do  evento.

"Esta é certamente a primeira vez que uma mulher saudita está participando de um evento internacional e já ganhou uma medalha", disse Rogge. A conquista de Malhas, ele disse, deixou o COI “absolutamente feliz".

A reação no país conservador muçulmano de Malhas – onde a prática de esportes por mulheres é algo visto como indecente e, até mesmo, imoral por alguns – tem sido muito mais complicada.

A atividade física de qualquer tipo é proibida nas escolas estaduais da Arábia Saudita para as meninas. Apesar de academias para mulheres existirem em grandes cidades sauditas, elas geralmente não tem placas, para que suas clientes não precisam temer atrair a atenção.

A Arábia Saudita não permite que mulheres representem a nação em competições internacionais de atletismo e é um dos três únicos países que ainda não enviam mulheres aos Jogos Olímpicos (ao lado de Catar e Brunei). Apesar de a Arábia Saudita ter enviado uma delegação oficial de atletas do sexo masculino aos Jogos Olímpicos da Juventude, Malhas – filha da famosa saltadora Arwa Mutabagani – teve de entrar no campeonato por conta e despesa própria.


Fonte: Portal IG