quinta-feira, 14 de maio de 2009

CARTA ABERTA À COMUNIDADE: POR UM REAJUSTE SALARIAL DIGNO E UMA ESCOLA

Nós, trabalhadores e trabalhadoras da rede estadual de ensino, viemos por meio desta carta nos dirigir ao povo paraense, especialmente às mães e aos pais de nossos alunos e alunas, com o objetivo de explicar os motivos que nos levaram a deflagrar a greve por tempo indeterminado. Em fevereiro deste ano, apresentamos ao Governo do Estado as nossas reivindicações salariais e propostas visando à melhoria das condições de trabalho para os servidores em educação. Infelizmente, tanto na capital, quanto no interior, muitas escolas estão sem condições de funcionar e algumas até com risco de desabamento. Porém, o Governo Ana Júlia, além de demorar muito para responder aos nossos pedidos, apresentou uma proposta salarial que não satisfaz a nossa categoria. Para os cargos de nível fundamental ofereceu um reajuste de 12,05%, e 10% para os de nível médio e de 6% para os de nível superior. Se essa proposta fosse aprovada, significaria dizer que nós, independente da nossa qualificação, teríamos nosso vencimento-base igual a um salário mínimo: R$ 465,00. Sendo importante ressaltar também, que o vencimento-base atual de quem tem cargo de nível superior é menor que este valor. Quanto às reformas necessárias e urgentes em algumas escolas, foi elaborado um calendário emergencial desde o ano passado. Entretanto, o mesmo não foi cumprido e hoje se encontra praticamente parado. Sendo assim, por conta da falta de respeito com a nossa categoria e a população, é que decidimos paralisar nossas atividades e protestar contra nossos baixos salários. Além do que a greve deflagrada por trabalhadores e trabalhadoras da educação pretende não só lutar pelos reajustes salariais e melhores condições de trabalho, como também por reformas imediatas nas escolas que se encontram em estado precário. Queremos que este governo possa oferecer ainda aos alunos e professores salas climatizadas, para que tenham um ambiente de aprendizado prazeroso, e acabe com o uso do giz que faz adoecer os que já inalam o pó desprendido do mesmo há muitos anos. Assim, pedimos o apoio de todos vocês. Essa luta precisa ser assumida também pela comunidade, pois precisamos todos juntos, professores, funcionários, alunos e pais, lutar por uma escola pública com ensino de qualidade, com bibliotecas e laboratórios equipados, com atividades culturais, artísticas e físicas para incentivar os nossos jovens talentos. Ou seja, uma ESCOLA PÚBLICA COM QUALIDADE SOCIAL.

Fonte: Sintepp

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